Brasil do século XXI

Levantamentos realizados recentemente junto ao mercado de trabalho pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) identificaram que nos próximos anos, o Brasil necessitará de uma grande quantidade de profissionais técnicos e engenheiros. São profissionais de nível técnico, tecnólogos e engenheiros que poderão dificultar o crescimento do país se não forem formados em tempo hábil e em uma quantidade adequada. Diante disso, o grande desafio é motivar jovens a se interessarem pelas áreas técnicas e encontrar formas de melhorar a formação desses futuros profissionais em um curto período de tempo com uma qualidade que permita que os mesmos possam trabalhar corretamente.

Uma sugestão para auxiliar na resolução dessa questão é melhorar e aperfeiçoar as ferramentas educacionais utilizadas em sala de aula para estimular e otimizar a curva de aprendizado do aluno. Essas ferramentas devem ter uma abordagem multidisciplinar que façam com que os alunos pratiquem e consigam interagir entre as disciplinas técnicas, isto é, entender eletrônica, física, matemática, mecânica e computação usando um meio comum. Esta inter-relação de disciplinas poderá permitir que os alunos compreendam conceitos técnicos de forma mais rápida e permanente do que se vissem esses mesmos conceitos separadamente.

Trilhando este caminho da busca por excelência na educação técnica já existem universidades e escolas técnicas brasileiras que estão adotando como ferramenta educacional a robótica móvel inteligente. É o caso da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e do Rio Grande no Norte (UFRN), ambas são do nordeste, uma região que começa a despontar pelo uso de robótica móvel nos laboratórios das universidades públicas. A UFRN adquiriu 15 curumins da empresa brasileira XBot (www.xbot.com.br). O kit curumim promove o desenvolvimento educacional e o aprendizado de conceitos técnicos nas áreas de lógica digital, controle, programação e robótica para alunos dos cursos técnicos e de graduação.

Este fato é positivo, pois na outra ponta estimula uma indústria de robótica nacional que pode, posteriormente, promover o crescimento do país gerando empregos de qualidade e recolhendo impostos. Inclusive promovendo divisas para o país, com grandes chances de exportação desses produtos robóticos para o mercado sul-americano e africanos de língua portuguesa que não são atendidos pelas empresas asiáticas, européias e norte-americanas.

Para o diretor da XBot, Dr. Antonio Valerio Netto,”trata-se de ciclo virtuoso que começa com as compras dos robôs educacionais, o que promove a indústria robótica no país e que devido a demanda gerada poderá, posteriormente, contratar mão de obra especializada formada nessas mesmas universidades e escolas técnicas que hoje são clientes, mas que no futuro podem ser geradoras de mão de obra qualificada para esta nova indústria que se inicia em nosso país”.