Tecnologia robótica aplicada no aprimoramento da educação técnica no Brasil
Levantamentos realizados recentemente junto ao mercado de trabalho no Brasil identificou que nos próximos anos, será necessário uma grande quantidade de profissionais técnicos e engenheiros que sejam capazes de resolver problemas. Não basta somente o diploma formal, mas sim a capacidade de entender problemas e promover soluções. Isto é, não se trata de uma educação baseada na formulação de perguntas e respostas, e sim, em resolução de problemas onde devem ser dadas soluções adequadas. São profissionais de nível técnico, tecnólogos e engenheiros que poderão dificultar o crescimento do país se não forem formados em tempo hábil e em uma quantidade e qualidade adequada. Diante disso, o grande desafio é motivar jovens a se interessarem pelas áreas técnicas e encontrar formas de melhorar a formação desses futuros profissionais em um curto período de tempo com uma qualidade que permita que os mesmos possam trabalhar corretamente.
Uma sugestão para auxiliar na resolução dessa questão tem sido o foco do trabalho dos Centros de Tecnologia de Aplicações Robóticas (CTAR) cujo objetivo é criar um ambiente de produção e geração de conhecimento entre pesquisadores e as empresas interessadas na aplicação da tecnologia robótica para solucionar suas necessidades. Além disso, busca promover junto a instituições de ensino atividades científicas e empreendedoras que possibilitem o contato direto de alunos e professores com aplicações robóticas em diversas áreas como: saúde, educação, varejo, logística, segurança, defesa, etc. O CTAR busca melhorar e aperfeiçoar ferramentas educacionais baseada em robótica para serem utilizadas em sala de aula para estimular e otimizar a curva de aprendizado do aluno. Essas ferramentas possuem abordagem multidisciplinar que permite com que os alunos pratiquem e consigam interagir entre as disciplinas técnicas, isto é, entender eletrônica, física, matemática, mecânica e computação usando um meio comum. Esta inter-relação de disciplinas permite que os alunos compreendam conceitos técnicos de forma mais rápida e permanente do que se vissem esses mesmos conceitos separadamente.
Trilhando este caminho da busca por excelência na educação técnica já existem universidades que estão adotando a robótica como ferramenta educacional. São os casos das Universidades Federais do Mato Grosso do Sul (UFMS), do Rio Grande no Norte (UFRN) e de Brasília (UNB). A UFMS adquiriu em 2012 em torno de 122 robôs sendo 60 do modelo kids, 40 Curumins, 15 Sci-soccers e sete RoboDecks. A UFRN em 2011 adquiriu: 15 Curumins e 1 RoboDeck e a UNB adquiriu 24 Curumins. Além da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que adquiriu até agora 10 Sci-soccers e 5 Curumins nos últimos anos. Este fato é positivo, pois na outra ponta estimula uma indústria nacional de tecnologia robótica que pode, posteriormente, promover o crescimento do país gerando empregos de qualidade e recolhendo impostos. Inclusive promovendo divisas para o país, com grandes chances de exportação dessas tecnologias educacionais para o mercado sul-americano (MERCOSUL) e africanos de língua portuguesa que não são atendidos pelas empresas asiáticas, européias e norte-americanas.
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