Futebol de Robôs

A idéia de robôs jogando futebol foi mencionada, pela primeira vez, pelo professor Alan Mackworth, em um artigo de 1992, intitulado “On Seeing Robots”. Desde então, duas grandes organizações mundiais estabeleceram-se como referência na área de Futebol de Robôs. São elas a RoboCup e FIRA. Ambas deram início às suas atividades no ano de 1996. A RoboCup é uma iniciativa japonesa que, atualmente, conta com o apoio maciço de grandes empresas de tecnologia. Já a FIRA, por sua vez, é uma iniciativa do meio acadêmico coreano. Com o passar dos anos, ambas as iniciativas tornaram-se organizações de âmbito internacional, que realizam campeonatos anualmente. As duas entidades possuem diversas categorias, que envolvem desde micro-robôs até robôs bípedes. As modalidades possuem diferente número de robôs por time. Além do futebol, essas organizações ainda realizam outros tipos de competições que envolvem robôs.

A RoboCup dedica-se ao avanço do estado-da-arte em Inteligência Artificial e Robótica. Os objetivos específicos do projeto e direções de pesquisa são numerosos. O lema (e objetivo mais ambicioso de longo prazo) da RoboCup é “construir um time de jogadores robóticos de futebol que possa vencer o time humano campeão do mundo”.

FIRA é a sigla de “Federation of International Robot-soccer Association”. Seu principal objetivo é “levar o espírito da Ciência e da Tecnologia ao leigo e à nova geração”. Seus jogos são realizados a fim de promover o desenvolvimento de robôs autônomos e sistemas inteligentes que possam cooperar uns com os outros e contribuir para o avanço do estado-da-arte destes campos especializados.

No Brasil, existe a CBF-R (Comissão Brasileira de Futebol de Robôs), composta por pesquisadores da área acadêmica, que organiza e promove, periodicamente, um Campeonato Brasileiro de Futebol de Robôs. A intenção é que o evento seja sediado, alternadamente, pelas diversas universidades e centros de pesquisa envolvidos na área e filiados a CBF-R. Entretanto, como as equipes internacionais estão, literalmente, anos à frente em suas pesquisas, as regras adotadas pela CBF-R devem seguir o padrão dos campeonatos promovidos pela RoboCup e pela FIRA em suas edições iniciais, avançando gradualmente. Dessa forma, será permitido que o nível de conhecimento do Brasil possa evoluir progressivamente, e que a qualidade de suas equipes possam, ao longo dos anos, atingir o estado-da-arte. O campo de Futebol de Robôs no Brasil ainda está em seus passos iniciais, o que oferece excelentes oportunidades de crescimento e consolidação de novas equipes. Na verdade, esta é uma área de pesquisa nova no mundo inteiro.